O CEO da Vivo, Christian Gebara, expressou a ambição da empresa de telecomunicações de se reinventar como uma empresa de tecnologia durante a celebração dos 25 anos de listagem da companhia na Bolsa brasileira. Ele destacou que o auge de investimento em infraestrutura, que já atingiu um pico de R$ 9,5 milhões em 2022, está passando, e a Vivo está redirecionando sua estratégia.
Redução de investimentos em infraestrutura
A mudança de foco da Vivo está levando a uma redução nos investimentos em infraestrutura de rede. No primeiro semestre de 2023, a empresa destinou R$ 3,468 bilhões de um total de R$ 4,039 bilhões em investimentos para esse fim. A ênfase agora está em se posicionar como uma empresa de tecnologia.
Expansão da oferta de serviços
A Vivo está diversificando seus serviços e investindo em áreas além das telecomunicações. Exemplos incluem o marketplace Vale Saúde e os investimentos da Vivo Venture em empresas de open banking e consórcios. A ideia é expandir sua atuação para além da mera conectividade móvel, tornando-se uma empresa que oferece uma ampla gama de serviços.
Mudança no espectro de atuação
A Vivo argumentou que as empresas de telecomunicações no Brasil enfrentam uma relação desafiadora entre investimentos e receitas, que é mais elevada do que em outros países. Os altos investimentos necessários para lidar com o crescimento no tráfego de dados são incompatíveis com um retorno adequado ao acionista.
Gebara destacou a necessidade de distribuir os custos de infraestrutura para garantir que mais atores contribuam para a expansão da rede. Isso é particularmente relevante devido à concentração do consumo de dados em um pequeno número de grupos de tecnologia.