Napoleão de Ridley Scott está seguindo caras mais velhos e mais jovens nas bilheteiras. Sua abertura de cinco dias ocorreu durante o lançamento do Dia de Ação de Graças de 2021, ao lado de “House of Gucci”, que arrecadou US$ 22 milhões, e “Air”, dirigido por Ben Affleck da Prime Video, que conquistou US$ 20,2 milhões em um lançamento de Páscoa de cinco dias este ano.
Menos de três anos atrás, a Apple anunciou que Ridley Scott dirigiria “Napoleão”, um projeto ambicioso planejado após o decepcionante “O Último Duelo”. Com Joaquin Phoenix no papel principal, inspirado por sua atuação em “Coringa“, a Apple Films investe cada vez mais em filmes deprestígio, como “The Moon Killers” de Scorsese.
O foco estratégico da Apple no Apple TV+ é evidente, buscando criar um ecossistema que beneficie os usuários de seus produtos. Diferentemente da Netflix, a Apple procura cultivar sua imagem através de produções exclusivas para sua plataforma de streaming. “The Moon Killers” e, agora, “Napoleão”, são parte dessa estratégia para atrair mais espectadores para sua plataforma.
A aposta da Apple vai além da recuperação total do orçamento nos cinemas; busca a captação de público para o Apple TV+. Apesar dos desafios, incluindo as tendências atuais do cinema que favorecem blockbusters e obstáculos relacionados à carreira recente de Ridley Scott, a incerteza paira sobre o futuro de “Napoleão” diante de críticas mistas e desafios no cenário cinematográfico atual.
“Napoleão” representa o segundo grande lançamento teatral da Apple em uma longa janela. O filme enfrenta desafios, mas a Apple, com seu enfoque estratégico, investe em cinemas com base em talões de cheques. Este é apenas o primeiro passo, e o sucesso de “Napoleão” poderá ser crucial para os futuros empreendimentos cinematográficos da empresa.