A tecnologia dos óculos de realidade virtual está de volta, e desta vez, a empresa Meta está no comando. Com o lançamento do Meta Quest 3, as pessoas estão explorando uma nova dimensão, mas não apenas para jogar. Agora, elas estão gravando vídeos de suas interações com o mundo real, trazendo de volta as preocupações sobre privacidade e etiqueta.
A Versatilidade do Meta Quest 3
O Meta Quest 3, um dos mais recentes fones de ouvido de realidade virtual, oferece uma funcionalidade notável: a capacidade de gravar e interagir com o mundo ao seu redor em tempo real. Embora a imersão em mundos virtuais seja incrível, o que realmente chama a atenção é a capacidade de realizar tarefas cotidianas, como cozinhar, limpar ou simplesmente desfrutar de um café em um dia ensolarado, sem tirar o headset.
Uma Questão de Privacidade
No entanto, a empolgação com essa nova tecnologia logo trouxe à tona questões de privacidade e etiqueta social. Afinal, não é a primeira vez que vemos essa situação. Há uma década, o Google Glass enfrentou resistência pública, especialmente de proprietários de estabelecimentos públicos que proibiram o uso desses dispositivos. Lanchonetes, cinemas, cassinos e bares foram rápidos em banir o Google Glass, e houve relatos de incidentes, incluindo agressões, contra pessoas que os utilizavam em público.
Agora, com o Quest 3 da Meta, a questão ressurgiu. Ainda não está claro se a Meta está preparada para lidar com o potencial retorno dos “Glassholes”. Embora a empresa tenha aprendido com os erros do passado, publicando diretrizes sobre privacidade e uso responsável de seus dispositivos, o Quest 3 parece carecer de diretrizes públicas semelhantes.
Sutileza da Gravação
Outra questão é a sutileza da gravação com o Quest 3. Enquanto o Google Glass exibia claramente quando estava gravando, o Quest 3 é mais discreto, pulsando uma luz branca que já está acesa por padrão. Isso levanta preocupações legítimas sobre a capacidade das pessoas ao redor de perceberem quando estão sendo gravadas.
O Meta Quest 3 trouxe de volta a capacidade de gravar o mundo real enquanto se usa um fone de realidade virtual. No entanto, as preocupações sobre privacidade e etiqueta social estão ressurgindo, pois a tecnologia nos faz relembrar os dias do Google Glass. A Meta precisa considerar como garantir que seu dispositivo seja usado de maneira responsável e respeitosa, para evitar a reincidência do “Glasshole” no futuro.