A Apple está empenhada em combater o abuso de seus serviços e sistema, buscando assegurar permanentemente a privacidade dos usuários. Suas regras claras proíbem a coleta de dados permanente e a criação de perfis baseados nessas informações ao longo do tempo, através de APIs e outros recursos disponíveis.
Recentemente, o especialista em segurança Mysk revelou um comportamento inesperado em várias apps no iPhone, que estavam enviando dados de volta para suas origens sem o conhecimento dos usuários. Mysk analisou os dados enviados pelos processos em segundo plano do iOS ao receber ou limpar notificações, descobrindo que essa prática era mais comum do que se pensava.
Embora a Apple tenha projetado o iOS para não permitir a execução de apps em segundo plano, algumas apps têm abusado desse recurso desde o iOS 10, usando-o para transmitir dados. Essas informações incluem tempo de atividade do sistema, localização, teclado, memória, bateria, armazenamento, modelo do dispositivo e brilho da tela.
Para lidar com essa questão, a Apple anunciou medidas mais rigorosas que entrarão em vigor na primavera de 2024. As apps do iPhone serão obrigadas a declarar a necessidade de usar APIs que podem ser abusadas para criar perfis de usuários. Essa mudança visa proteger a privacidade dos usuários, evitando a coleta indevida de dados ou, pelo menos, identificando quando isso ocorre. Ao mesmo tempo, os usuários terão mais controle sobre como as notificações são tratadas por cada app.