Surpreendentemente, a Microsoft encontrou uma aplicação inusitada para os livros do jovem feiticeiro, utilizando-os como ferramenta de aprendizado para compreender como a Inteligência Artificial (IA) aprende e desaprende.
Dois pesquisadores da Microsoft, Mark Russinovich e Ronen Eldan, recorreram aos best-sellers de J. K. Rowling para entender como a IA pode lidar com conteúdos protegidos por direitos autorais e evitar violações legais. Isso ganha relevância especialmente após a Microsoft e a OpenAI terem sido processadas pelo The New York Times por suposta violação de direitos autorais em trabalhos recentes.
Essa abordagem inovadora da Microsoft representa um avanço na criação de modelos de IA capazes de aprender apenas conteúdos legais, sem infringir leis. Essencialmente, esse método permite que os modelos de IA sejam ajustados para “desaprender” informações específicas, contribuindo para a conformidade com direitos autorais e regulamentações legais.
A utilização dos livros do Harry Potter como base de pesquisa revela-se uma ferramenta valiosa para os investigadores, proporcionando meios de eliminar aprendizados indesejados sem comprometer a capacidade da IA em tomar decisões ou analisar questões. Dessa forma, os livros do pequeno feiticeiro tornam-se uma fonte regular de inspiração e estudo para avanços na pesquisa de Inteligência Artificial.