Recentemente, um tópico crucial tem sido o debate sobre direitos autorais, centralizado na posição das grandes empresas de tecnologia sobre uma possível atualização das regulamentações nos Estados Unidos.
A proposta de remunerar os dados usados no treinamento de sistemas de IA tem sido um ponto de discórdia, evidenciando a resistência das empresas de tecnologia, particularmente a Meta (anteriormente conhecida como Facebook).
Tensões entre Tecnologia e Direitos Autorais
Para compreender a magnitude dessa questão, é essencial observar a base dos modelos de linguagem usados em diversas ferramentas de IA, como ChatGPT da OpenAI, Bing Chat da Microsoft e Bard do Google. Esses modelos são alimentados por conjuntos massivos de dados coletados a partir de diversas fontes, incluindo material protegido por direitos autorais, como informações da Wikipédia, blogs, notícias, livros e códigos de plataformas como GitHub.
Essa situação gerou um embate com autores que veem seu trabalho utilizado sem permissão, desencadeando a necessidade de atualização das leis de direitos autorais para se adequarem à realidade em evolução da IA.
À medida que a IA generativa ganha proeminência, autores e criadores começaram a questionar a prática das grandes empresas tecnológicas em utilizar seu trabalho sem autorização. O Escritório de Direitos Autorais dos Estados Unidos está considerando mudanças que poderiam resultar em um sistema de compensação para os autores. Atualmente, o escritório está em um período de comentários, buscando insights das partes envolvidas.
O Embate entre Inovação e Direitos Autorais
Por outro lado, gigantes tecnológicos como Meta (anteriormente Facebook), Google e Microsoft estão expressando preocupações significativas. A Meta enfatiza a impossibilidade dos desenvolvedores de IA adquirirem licenças para todos os dados utilizados, citando a extensão massiva de dados empregados.
O grupo TechNet, que representa essas empresas, alerta que um esquema de pagamento por dados de IA prejudicaria o desenvolvimento futuro dessa tecnologia, impactando sua evolução e defendem que suas práticas atuais estão respaldadas pelas leis de direitos autorais, sob o argumento de “coleta de conhecimento”.