Recentemente, a Daihatsu, uma montadora japonesa operada pela Toyota, tomou uma decisão drástica que abalou a indústria automobilística global. A empresa decidiu interromper sua produção após uma investigação revelar que, por mais de 30 anos, ela falsificou testes de segurança em cerca de 64 modelos. O caso mais antigo remonta a 1989.
Conhecida por fabricar carros pequenos e econômicos, especialmente populares no mercado japonês, a Daihatsu anunciou a paralisação de todas as suas quatro fábricas no Japão e a sede da empresa em Osaka até o final de janeiro. Enquanto isso, um comitê de crise avaliará a situação, afetando cerca de 9 mil empregos.
Esse escândalo se soma a outros na indústria automobilística, como o Dieselgate da Volkswagen. Recentemente, a Toyota também admitiu irregularidades em motores a diesel produzidos por sua filial Toyota Industries Corporation (TICO), afetando 10 modelos vendidos globalmente. A empresa suspendeu temporariamente as exportações desses motores e modelos.
Os modelos afetados incluem Land Cruiser Prado, Land Cruiser 300, Hilux, Fortuner e a carrinha Hiace. A Toyota pede desculpas pelos transtornos causados, assegurando que não é necessário parar de usar esses motores ou veículos. As irregularidades envolviam medições de potência durante os testes de certificação, utilizando um programa de computador diferente do utilizado na produção em série, apresentando resultados menos variados.
Esse é mais um problema global, aumentando as preocupações sobre o controle de qualidade na indústria automobilística, especialmente relacionado aos veículos da Toyota.