A Ernst & Young (EY), uma das maiores empresas de contabilidade do mundo, está introduzindo um sistema de inteligência artificial (IA) denominado “co-piloto” para ajudar auditores.
O objetivo é otimizar processos e detectar fraudes, permitindo uma colaboração eficiente entre humanos e máquinas. Implementado inicialmente no Reino Unido, o sistema já identificou atividades suspeitas em duas das primeiras dez empresas auditadas, confirmando posteriormente que ambas eram fraudes.
Embora a EY tenha obtido resultados promissores com o Co-piloto, outras empresas de auditoria, como Deloitte e KPMG, adotam uma postura cautelosa em relação às expectativas sobre a eficácia dos sistemas de IA. A complexidade e diversidade das fraudes tornam desafiador criar padrões claros para os sistemas de IA identificarem, observa Simon Stephens, chefe de auditoria de IA da Deloitte.
Além disso, preocupações com a segurança e privacidade de dados surgem, pois os auditores podem usar informações confidenciais dos clientes para treinar as IAs. A Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido expressou a intenção de regulamentar o uso de IA no setor, mas a implementação do regulamento permanece incerta, adicionando dúvidas às tecnologias em desenvolvimento.
Em meio a esses desafios, a EY destaca a automação de tarefas repetitivas pela IA, permitindo que os auditores se concentrem em áreas de maior risco e complexidade.